Embora o mundo esteja imerso em um cenário de crises sanitária e econômica, por conta do novo coronavírus, alguns setores da economia demonstram grande potencial de evolução. É o caso da energia solar fotovoltaica, que tem sido apontada como uma das principais alternativas para a retomada do crescimento econômico, de países e empresas, no pós-pandemia.
As energias provenientes de fontes renováveis estão entre as ações sustentáveis priorizadas por vários países, pois oferecem oportunidades de atração de investimentos, geração de empregos, diversificação de suprimento elétrico e o alcance de metas de sustentabilidade.
O plano de recuperação econômica criado pela Comissão Europeia, por exemplo, tem a geração de energia de fontes renováveis como uma de suas bases estratégicas. Batizado de “Next Generation EU”, o programa prevê investimentos de ? 750 bilhões, e exige que 37% desses recursos sejam destinados a gastos relacionados ao clima, sobretudo em projetos de energia limpa
Impactos na economia nacional
A inclusão e valorização do tema em planos globais de recuperação econômica, já é indício do potencial financeiro atrelado às energias limpas. No entanto, confirmando as expectativas, é possível ver resultados tangíveis hoje, inclusive no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), por exemplo, o País acumula mais de 41 mil empregos gerados pelo setor de energia fotovoltaica, apenas no primeiro semestre de 2020, mesmo com a queda da atividade econômica decorrente da pandemia da Covid-19.
O Brasil possui o recurso solar em abundância e, com isso, tem assumido uma posição cada vez mais destacada no desenvolvimento e uso da tecnologia fotovoltaica. Segundo dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o Brasil assumiu a 16ª posição no ranking mundial de energia solar fotovoltaica, ingressando nos TOP 20 países com maior capacidade instalada.
Segundo o responsável pelas operações comerciais da Bonö Fotovoltaico no Centro-Oeste, o Head Comercial Nelson Orcioli, ainda há muito espaço para a energia solar crescer no Brasil, sendo que os setores que mais podem se beneficiar são: agronegócio, indústrias e varejo.
Além da economia natural proveniente dos projetos de energia solar, o poder público tem criado mecanismos de incentivo para o setor. No âmbito federal, o governo mantém a isenção de impostos de importação para os equipamentos de energia solar, até o final de 2021.
“Embora a energia fotovoltaica proporcione economia de energia comprovada, ainda existem dúvidas sobre as etapas do processo e os custos relacionados. Por isso, os incentivos fiscais, tendem a contribuir para a popularização do tema, o que pode resultar em projetos que auxiliarão a retomada financeira de diferentes negócios”, comenta Orcioli.
Investimento com garantia de retorno
Apesar da ideia de investir durante uma crise possa assustar alguns empresários, a grande maioria tem apostado no investimento em energia solar como uma oportunidade de reduzir custos fixos, e obter vantagens competitivas consistentes.
Para o diretor comercial da Bonö, Marcelo Abuhamad, o investimento em projetos de energia solar fotovoltaica é uma decisão inteligente, estratégica e bastante segura em termos de retorno.
“Para cada negócio, a Bonö calcula o valor do projeto de modo que a economia mensal obtida pelo sistema, seja superior a parcela do financiamento. Desta maneira, o cliente não precisa se descapitalizar para obter a tecnologia. É o investimento ideal para negócios que precisam reduzir custos e ainda aumentar sua capacidade produtiva.”, comenta Abuhamad.
Um exemplo disso é a empresa Fiat Marajó de Londrina-PR, que obteve uma economia de R$241.492,49 durante o último ano de 2020. Foram instalados 984 módulos fotovoltaicos de 345 Watts um total de 312,1 KWP de potência.
Com a economia na fatura qualquer estabelecimento comercial pode investir mais recursos para alavancar os negócios, principalmente no cenário atual que estamos vivendo. Afinal, sabe-se que o caminho para sair de qualquer crise é a busca constante por inovação e economias fixas.