Os contratos futuros de cobre fecharam em alta hoje, apesar dos alertas do governo chinês sobre a alta nos preços e a possibilidade de intervenções no mercado. O metal chegou a começar a sessão pressionado pela posição de Pequim, que sinalizou “especulação excessiva” em commodities. No entanto, o preço foi impulsionado ao longo do dia, por fatores como o recuo do dólar ante pares, o que torna o cobre mais barato para detentores de outras divisas.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho encerrou com ganho de 0,99%, a US$ 4,7115 a libra-peso. Já no pregão eletrônico da London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subiu 1,03%, a US$ 9.983,00.
Segundo o ING, o complexo de metais começou a semana pressionado, após a declaração no final de semana do presidente da Associação Industrial de Metais Não-Ferrosos da China (CNIA, na sigla em inglês), que alertou que os preços das commodities se desviaram dos preços das operações, indicando que a “determinação e a capacidade de regulação não devem ser subestimadas”.
Hoje, a Comissão de Reforma e Desenvolvimento (NDRC, pela sigla em inglês) da China alertou que irá “punir severamente” monopólios de commodities por avaliar que a recente alta nos preços se deve a “especulação excessiva”. Segundo reportagem da TV estatal CCTV, a NDRC afirmou que vai fortalecer esforços conjuntos para monitorar os mercados de commodities e adotar uma política de “tolerância zero” para quaisquer violações da lei. O órgão também prometeu verificar operações “anormais” e “especulação maliciosa”.
Ao longo do pregão, contudo, o cobre ganhou força com a desvalorização do dólar ante pares. Quando a moeda americana está em baixa, as commodities ficam mais atrativas para quem negocia com outras divisas, o que reduz a demanda.
Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do zinco caiu 0,77%, a US$ 2.948,00, a do estanho avançou 0,02%, a US$ 29.535,00, a do níquel ganhou 2,05%, a US$ 17.135,00, a do chumbo se desvalorizou 2,24%, a US$ 2.139,00, e o alumínio tinha alta de 0,84%, a US$ 2.390,00.