A Prefeitura de Cariacica, na Grande Vitória, fechou as portas do posto de saúde e do Pronto Atendimento (PA) do bairro Flexal II. Pacientes que chegam para buscar atendimento nesses dois locais estão sendo encaminhados para outras unidades da cidade.
De acordo com a administração municipal, a suspensão dos atendimentos desde a noite desta sexta-feira (12) foi feita por determinação da Polícia Civil.
Um laudo feito pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES), em conjunto com a PC aponta irregularidades na fabricação da fiação utilizada nas duas unidades e que podem colocar em risco a população e os servidores.
Os fios usados em ambas as construções foram fornecidos pela empresa Luzzano, que é investigada no âmbito da Operação Elétron pela suspeita de venda de fios irregulares e fora dos padrões exigidos. De acordo com as investigações, as irregularidades podem provocar curtos-circuitos e incêndios nos imóveis.
Em função disso, a Prefeitura terá que fazer adequações nas instalações elétricas dos dois locais.
Atendimentos
Neste domingo (14) a Prefeitura informou em nota que os atendimentos de urgência e emergência realizados no PA de Flexal II serão remanejados para os outros PAs do Trevo de Alto Lage, Bela Vista e Nova Rosa da Penha I.
Os atendimentos realizados na Unidade Básica de Saúde de Flexal II também serão remanejados para uma estrutura que está sendo montada na Igreja Presbiteriana que fica bem próximo à unidade, na rua Liberdade, n° 500.
O atendimento na igreja já começa na quarta, (17).
“Os pacientes já agendados para a próxima terça-feira (16 de novembro) terão suas consultas remarcadas para os próximos dias. Os demais pacientes serão avisados com antecedência. A Secretaria Municipal de Saúde de Cariacica reitera que a medida se faz necessária para a segurança de todos”, finaliza a nota.
Operação Elétron
Em agosto deste ano, o dono da fábrica Luzzano, que fica na Serra, foi preso durante a operação Elétron, conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor junto com a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e com o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem).
O empresário é suspeito de produzir materiais fora do padrão e negociar com compradores de pelo menos dez estados brasileiros. Em outubro, a Justiça determinou o sequestro de cerca de R$ 10 milhões em bens do empresário. A fábrica Luzzano foi interditada.