A fatia dos híbridos e elétricos ainda é tímida. Somou o equivalente a 2,5% do mercado de carros novos de janeiro a novembro. Mas está bem acima da participação, de 1,7%, de um ano atrás. Além de esse tipo de carro agradar o consumidor, principalmente o de alto poder aquisitivo, já que os preços da maioria são, ainda, elevados, há uma onda de novidades nesse segmento, o que estimula as vendas.
De janeiro a novembro, 92 novos modelos de híbridos e elétricos foram lançados no Brasil, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Desse total, 31 foram totalmente elétricos (com baterias recarregadas em tomadas) e 61 foram do tipo híbrido (veículo que tem um motor elétrico carregado por outro a combustão.
O volume de vendas de híbridos e elétricos no Brasil cresceu 43,75% de janeiro a novembro, com total de 43,7 mil unidades desses dois tipos de veículos, segundo a Anfavea. As vendas dos 100% elétricos registraram alta de 163%, para 7,6 mil unidades. Já o volume de vendas de híbridos cresceu 3,1%, para 32,1 mil.
Entre os híbridos, estão também os chamados “plug-in”, que são carros híbridos que também aceitam o carregamento em tomada. A diferença em relação ao híbrido convencional é que, no sistema “plug-in”, o veículo funciona mais tempo com eletricidade, o que aumenta economia e reduz emissões. Ao mesmo tempo, o motor a combustão entra em ação caso a bateria se descarregue. É o tipo de carro que traz tranquilidade para quem prefere um elétrico mas não quer ficar na mão em uma viagem mais longa por regiões sem pontos de recarregamento.
Quase a totalidade dos veículos eletrificados ainda é importada. A Toyota foi a primeira montadora a produzir híbridos no Brasil. No caso, os modelos Corolla e Corolla Cross, fabricados no interior de São Paulo, têm um motor a combustão que pode ser abastecido com etanol. Recentemente, a CAOA Chery também iniciou a produção de híbridos na fábrica de Goiás. Os carros totalmente elétricos ainda não são fabricados no Brasil.