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Instituto Tecnológico e de Pesquisas recebe novo equipamento para fiscalização de fios e cabos elétricos

Doação de microhmímetro permitirá vistoria apurada nos valores de resistência dos fios e cabos

As fiscalizações de fios e cabos elétricos no comércio em Sergipe passarão a contar com melhorias técnicas em suas operações. O Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), responsável pela execução das vistorias no estado, dispõe agora de um microhmímetro, equipamento utilizado na medição da resistência de fios e cabos. O aparelho é uma doação do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel) ao ITPS, cuja assinatura oficial ocorreu nesta terça-feira (5).

Além da doação, o Sindicel, por meio do advogado Rodrigo Carney, realizou um treinamento teórico e prático, a fim de que os agentes fiscais do ITPS saibam como manusear o equipamento. Até então, as fiscalizações vinham sendo realizadas de maneira visual, a partir da observação da presença do selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e das informações do fabricante na embalagem do produto.

Caso estejam com resistência fora dos valores permitidos pela legislação, os fios e cabos elétricos podem ocasionar mau funcionamento dos aparelhos eletroeletrônicos, além de elevação da conta de energia, superaquecimento da fiação elétrica, curtos-circuitos e até incêndios. Os fios e cabos estão entre os materiais mais importantes que compõem a instalação elétrica de um imóvel. São eles os responsáveis por levar a energia desde o ponto de entrada até os pontos de utilização, como tomadas e interruptores.

Segurança

Para que a instalação dos fios e cabos elétricos seja segura e funcione corretamente, é importante que suas características estejam em conformidade com os requisitos exigidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e pelo Inmetro, órgão do qual o ITPS é delegado em Sergipe. De acordo com o Sindicel, entre 256 marcas de cabos e fios presentes no Brasil, 70% encontram-se com resistência elétrica acima das especificações técnicas.

O diretor-presidente do ITPS, Kaká Andrade, destaca as práticas de irregularidade e a importância do novo equipamento. “O aparelho identifica se a quantidade de cobre no fio é de fato a especificada. Muitas vezes, essa quantidade é reduzida, ou os fios contém ligas de ferro, que podem induzir incêndios e curtos-circuitos. Com esse equipamento portátil, podemos fazer uma primeira avaliação e, em se identificando alguma alteração, trazemos uma amostra para o laboratório. Caso verificada a irregularidade, emitimos o auto de infração”, descreve.

O diretor-executivo do Sindicel, Enio Rodrigues, explica que o uso do microhmímetro contribui para o ordenamento das práticas de comerciantes e fabricantes. “Estamos fazendo uma habilitação de todos os órgãos reguladores do Brasil, doando aparelhos para capacitar a checagem de segurança. É um equipamento portátil, que permite medições in loco e, em caso de irregularidade, que a apreensão seja feita na hora, coibindo que o comerciante venha a vender aquele produto novamente. É um trabalho que também equaliza a qualidade dos produtos junto às indústrias”, afirma.

Benefícios

De acordo com a gerente executiva de Metrologia e Qualidade Industrial do ITPS, Maria Inêz de Almeida, o uso do microhmímetro nas fiscalizações trará benefícios diretos à população. “Agora, além do trabalho de inspeção visual, faremos também uma inspeção técnica, com o ensaio de resistência do material dentro das embalagens. Isso vai trazer maior confiabilidade para o consumidor na hora de adquirir o produto. Estamos realizando o treinamento de nossas equipes da área de qualidade para uso do aparelho, para que comecem a trabalhar de forma rotineira no comércio varejista, distribuidor e atacadista”, relata Maria Inez.

O perito em incêndios do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), Capitão Valmir Belo, também comenta sobre as potencialidades do novo aparelho, desta vez no trabalho de perícia. “Na dinâmica do incêndio, a causa não deixa dúvida. Porém, no que diz respeito ao que veio a causar o ponto de calor, esse equipamento pode ajudar bastante. É um dispositivo que vai permitir saber, por exemplo, se houve sobrecarga de corrente ou uso de material de pouca qualidade”, ressalta.

Também participaram do evento: o comandante do CBM/SE, coronel Alexandre José Alves Silva; o tenente do CBM/SE, José Roque; a assessora jurídica da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/SE), Dayanne Viana; o delegado Fábio Luiz Silva, representante da Superintendência da Polícia Civil de Sergipe; o supervisor do Departamento de Operação da Energisa, Ronnie Cesar Feitosa; e a supervisora do setor de medição da Energisa, Roseane Santos.