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Postos da Vibra terão recarga para carro elétrico

Vibra Energia vai inaugurar o primeiro ponto de recarga elétrica num posto de gasolina da companhia neste ano

A Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, pretende inaugurar o primeiro ponto de recarga elétrica em um posto de gasolina da companhia até o fim de junho. A empresa anunciou ontem a entrada no mercado de mobilidade elétrica por meio de um aporte inicial de R$ 5 milhões na startup Easy Volt, valor que vai ser convertido em participação societária.

A startup tem a maior rede de recarga elétrica do Brasil, com atuação em nove Estados. Também conhecida como EZVolt, a companhia oferece a recarga como um serviço para frotas corporativas e veículos de passeio, com opção de pagamento por aplicativo, além de um centro de operações para monitoramento dos carregadores 24 horas por dia.

De acordo com o diretor-executivo da área comercial B2B da Vibra, Bernardo Winik, a empresa planeja ter 300 carregadores instalados nos próprios postos de gasolina ou em clientes empresariais até o fim de 2023. O primeiro ponto de recarga deve ser localizado em uma grande rodovia do Sudeste, como a Presidente Dutra, que liga Rio de Janeiro a São Paulo, ou a Fernão Dias, entre São Paulo e Belo Horizonte, segundo o executivo. “Estamos conversando com montadoras e usando a nossa inteligência para olhar como está o deslocamento nas rodovias e determinar os melhores pontos para disponibilizar eletropostos”, afirma.

Winik afirma que a solução está em linha com a estratégia da Vibra para a transição para uma economia de baixo carbono, anunciada no plano de negócios publicado no ano passado. Como parte dessa adaptação, a distribuidora entrou recentemente no mercado de comercialização de energia elétrica com a aquisição da Targus, além de ter anunciado a criação de uma joint venture com a Comerc. Quando ambas as transações forem concluídas, a Vibra vai passar a ser a maior comercializadora de energia elétrica do país.

A ideia da companhia é combinar os negócios de comercialização e recarga com a geração de energia solar distribuída nos postos. “Vamos dar uma solução completa. A EZVolt instala, opera, mantém, faz a gestão de carregadores e eletropostos. Somamos também a comercialização da energia elétrica. São serviços complementares”, afirma.

Até 2030 a Vibra quer ter a maior rede de recarga do Brasil, com 20 mil carregadores em todo o país. Segundo Winik, o número pode ser revisto com a evolução tecnológica e a demanda por veículos elétricos. “Há movimentos para eletrificação de frotas de empresas, no transporte urbano, no transporte de cargas, e também no consumidor final”, afirma.

Para além da possibilidade de instalar os pontos de recarga de veículos elétricos nos cerca de 8 mil postos que tem no Brasil, a Vibra também vislumbra fechar contratos para a instalação de carregadores em empresas. A companhia tem conversas inicias para oferecer o serviço a uma grande locadora de veículos e a uma empresa de entregas. As negociações devem ser aceleradas agora, a partir da parceria com a EZVolt.

O diretor destaca, no entanto, que o mercado de carros elétricos ainda atende a um grupo restrito, de classe mais alta, no país. Para ele, o crescimento da eletrificação vai ter um ritmo mais lento no Brasil do que na Europa. A estimativa da companhia é que até o fim da década um em cada dez veículos vendidos no país sejam elétricos, o que representaria cerca de 4% da frota. “Todo o investimento que estamos fazendo vai ajudar [na expansão], mas é preciso de mais do que isso para avançar na frota. Se as políticas tributárias mudarem e tiver incentivos, isso muda”, diz.

Além do investimento inicial, Winik afirma que a Vibra considera também realizar aportes na EZVolt para que a companhia cresça no futuro. O valor de novos investimentos, no entanto, vai depender do perfil da demanda uma vez que os postos precisam de carregadores mais rápidos e caros, enquanto clientes corporativos podem receber modelos mais baratos. A startup foi fundada em 2019 pelo investidor Gustavo Tanure. “Com o apoio da Vibra, teremos condições de escalar a operação a uma taxa sem precedentes”, diz Tanure.

Há movimentos para eletrificação de frotas