Como você sabe, muito ouro é usado na produção de semicondutores e eletrônicos em geral. Este metal tem baixa resistência elétrica e alta condutividade térmica, mas o mais importante, não oxida sob a influência do oxigênio. O ouro também tem uma séria desvantagem – é muito, muito caro. Uma alternativa interessante é oferecida por cientistas da Coreia do Sul, que aprenderam a reproduzir o cobre resistente à oxidação.
Cientistas da Universidade Nacional de Busan disseram ter desenvolvido uma tecnologia para fazer filmes finos de cobre monocristalino atomicamente planos que fornecem resistência à oxidação quase permanente. O método foi desenvolvido em conjunto com colegas da Sungkyunkwan University, também localizada na Coreia, e da University of Mississippi, nos EUA. O artigo correspondente foi publicado na revista Nature.
O Cu (cobre) resistente à oxidação tem potencial para substituir o ouro em dispositivos semicondutores, ajudando a reduzir seu custo. O cobre resistente à oxidação também pode reduzir o consumo de energia, além de aumentar a vida útil dos dispositivos de nanocircuitos”, disse um dos autores do estudo.
A principal razão para a oxidação do cobre, os cientistas chamaram a camada superficial irregular. O oxigênio penetrou nos “cortes” e “degraus” em sua superfície, o que acelerou a oxidação desse material como uma avalanche. Uma camada de cobre de cristal único atomicamente uniforme e fina não permite que o oxigênio reaja com o cobre, portanto, praticamente não há processo de oxidação em tal camada. O cobre pode de fato substituir o ouro sem o risco de danificar os cavacos pela oxidação das camadas de cobre.
Resta esperar que esta invenção não leve a um aumento no preço do cobre. Hoje, uma tonelada de cobre custa cerca de US$ 10 mil, enquanto uma tonelada de ouro custa mais de US$ 62 milhões.No ano passado, 66,4 toneladas do metal precioso foram usadas para produzir chips. Há algo para salvar.