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Não investiu em commodities? Preços sobem até 14%, preveem bancos

Goldman Sachs e UBS projetam alta ainda maior do cobre e do petróleo diante da forte demanda e de uma oferta que não deve conseguir acompanhar

O forte rali das commodities tem sido um ponto marcante dos mercados globais em meio à reabertura das economias na pandemia e há mais espaço para ganhos, segundo o Goldman Sachs e o UBS.

Os preços das matérias-primas devem subir 13,5% nos próximos seis meses, de acordo com relatório do Goldman Sachs, que prevê um salto sem precedentes da demanda global por petróleo e o cobre em nível recorde. O UBS projeta ganho acima de 10% para as commodities.

“A magnitude da esperada variação no volume da demanda — uma variação que a oferta não pode acompanhar — não deve ser subestimada”, disseram analistas do Goldman, como Jeffrey Currie e Damien Courvalin, em relatório nesta quarta-feira, 28 de abril.

Os níveis de atividade têm se acelerado, impulsionados pela distribuição de vacinas, e também haverá aumento sazonal em manufatura e construção até junho, disseram.

Os preços das matérias-primas, do petróleo aos metais, dispararam neste ano diante da recuperação da economia global em relação ao abalo causado pela pandemia.

Os mercados de energia também foram auxiliados pelos limites da oferta impostos pela Opep+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, embora esses cortes da produção serão gradualmente revertidos partir do próximo mês. A demanda é tão forte que os mercados “olharam além” da atual crise de Covid-19 na Índia, de acordo com o Goldman.

Haverá uma recuperação sem precedentes da demanda global por petróleo, o que apoia a previsão de preços mais altos da commodity até meados do ano, disse o banco americano. O consumo mundial deve aumentar em 5,2 milhões de barris por dia nos próximos seis meses, o que levaria o petróleo tipo Brent para 80 dólares o barril, estima o Goldman.

No geral, as cotações das matérias-primas devem subir 13,5%, com previsão de que o cobre alcance 11.000 dólares a tonelada, de acordo com o relatório do Goldman. O metal, visto como termômetro da economia mundial, atingiu a cotação de 9.812 dólares em Londres. O recorde vigente de 10.190 dólares foi registrado em 2011.

O Goldman destacou que os preços de curto prazo são negociados acima das cotações para entrega em data futura em metade do complexo de commodities, um padrão altista e conhecido como “backwardation”, algo que, segundo o banco, “mostra como os mercados de commodities estão cada vez mais apertados”.

O UBS disse à Bloomberg Television que os ganhos futuros das commodities serão apoiados por fortes dados macroeconômicos, aumento da demanda por cobre e contínua disciplina na oferta da aliança Opep+.

“Espero alta acima de 10% para as commodities, principalmente impulsionadas pelo lado da energia e de matérias-primas”, disse Dominic Schnider, analista da UBS Global Wealth Management.