O Chile registrou um superavit comercial de US$ 604 milhões (R$ 3,16 bilhões), basicamente impulsionado pela exportação de cobre, segundo informou nesta segunda-feira o Banco Central do país.
Em julho, o Chile vendeu para o exterior um total de US$ 7,93 bilhões, em alta de 27,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as importações chegaram a US$ 7,33 bilhões, o que indica um aumento de 55,3% com relação a julho de 2020.
A exportação de produtos de mineração chegou a US$ 5,14 bilhões, contra US$ 3,83 bilhões do mesmo período do ano passado. Deste montante, US$ 4,58 foi referente ao comércio de cobre.
O Chile responde por 28% da produção mundial do minério, de que é o maior produtor do mundo. Em 2019, foram 5,7 milhões de toneladas produzidas, um ano depois de ter sido alcançado o recorde histórico de 5,8 milhões.
A indústria mineradora vem mantendo operações, apesar das restrições impostas devido a pandemia da covid-19, e se tornou um setor chave para a recuperação da economia do país.
Companhias como a BHP, Anglo American, Codelco e Antofagasta Minerals operam no país, em que a mineração representa 10% do PIB nacional.
O cobre, fundamental na transmissão de energia, teve neste ano uma escalada sem precedentes na última década, devido ao excesso de demanda, a fragilidade do dólar, os estímulos fiscais em vários países e as expectativas pelo avanço da vacinação contra a covid-19, entre outros fatores.
A atividade econômica chilena, por sua vez, teve queda de 5,8% em 2020, a pior marca em quatro décadas. Para 2021, o Banco Central local prevê crescimento que varia de 8,5% a 9,5%.
Desde o início da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, o Chile registrou 1,6 milhão de casos e 36 mil mortes, tendo atualmente uma das campanhas de vacinação mais avançadas do mundo.